O estado de graça literal tomou conta de mim no momento em que ouvi falar pela primeira vez em Síndrome de Paris (perdoem-me os portadores desse mal), sendo algo, a primeira vista inacreditável, logo quando estava a pensar em um nome para este blog. Segundo alguns sites onde encontrei sua definição, a síndrome ataca exclusivamente japoneses, que piram quando chegam lá em Paris e deparam-se com uma metrópole caótica e não a cidade dos sonhos de "Amelie Poulain"(¬¬). Tosquices a parte, o problema me motivou a adaptar o termo - aqui nessa realidade - para algo mais ideológico e comportamental, dando outro sentido a isso tudo, já que levando-se em conta que a piração toda é ocasionada pelo choque cultural, considero a questão cômica! O estrangeirismo está impregnado em nossa realidade desde os primórdios. Estamos aí, suportando a literatura estrangeira, dependendo da vanguarda uma porcaria, que está em evidência no mercado (mordendo pescoços), e a música do século XXI. Quem se dá conta dessa realidade, mais cedo ou mais tarde, pode até sofrer um choque cultural ideológico. A salvação é se dispor a tostar a retina no monitor pesquisando algo que valha a pena ser ouvido e adquirir consciência de que, como ser pertencente a raça dos não-cosmopolitas (por enquanto; aos que já o são, meu coração bate forte de inveja), não é aconselhável depositar sua fé em tudo que se encontra para download - que seja de origem estadunidense e tenha um nome exótico - nas comunidades por aí a fora.
Expondo agora o que penso sobre essa história de blog, resolvi criá-lo depois de conferir alguns por aí, que posso definir como ótimos ao ponto de serem altamente motivadores para se tentar manter um também e alguns ruins que impulsionam da mesma forma. Aqueles pequenos falatórios egocêntricos, milhares de declarações de amor - admito apenas dezenas, milhares não - e corações dilacerados infelizmente ultrapassam o limite do orkut...
...Enfim.