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terça-feira, 2 de novembro de 2010

me recuso a ser comum

"...ser ele. Usar todos os seus artifícios macabros com todos que se aproximassem. Usar suas frases exatas, imitar seus gestos, seus olhares, sua maneira de andar. Para tê-lo como habitante do meu corpo definhado, de minha alma dilacerada." pg 193 Fugalaça

Quando ouvi falar desse trabalho de Mayra Dias Gomes não me impressionei com sua temática e até considerei clichê, mesmo assim iniciei a leitura incentivada, principalmente, pela crítica de Fernanda Young... de qualquer forma acabei há pouco de ler e gostei. Há de se admitir que Mayra expõe suas experiências e vida regada a álcool e drogas com lógica e convicção dos seus prós e contras e isso que me manteve presa a leitura: o relato mais nú e crú das sensações e consequências das drogas.
O trecho que citei acima me chamou a atenção pela triste verdade assumida por poucos diante da obsessividade que a maioria adquire em casos de rejeição amorosa; esses artifícios para mascarar a inconformidade. Ridículos. As pessoas próximas provavelmente percebem o novo clone. Deixar-se absorver pelo "eu" do outro para sentir-se melhor sabendo como é sê-lo.

3 comentários:

davyfarias disse...

O Blog esta lindo *-*
hai que priguiça de ler esse
textão, mais vou ler =D

davyfarias disse...

Haaa entereçantemente mesmo o trecho. :)

She. disse...

Muito interessante, esse tema me chama atenção, não por ser álcool e drogas, mas sei lá.. é interessante observar uma mente oscilando entre consciência e transe.
E se for detalhista ..ganha meu coração, adoro coisinhas pequenas quase imperceptíveis.

.o.o.

o trecho é perfeito.
mesmo#.

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